A
educação a distância vem crescendo rapidamente em todo o mundo. Movidos pelas
possibilidades decorrentes das novas Tecnologias da Informação e das
Comunicações –TICs e por sua inserção em todos os processos produtivos, cada
vez mais cidadãos e instituições veem nessa forma de educação um meio de
democratizar o acesso ao conhecimento e de expandir oportunidades de trabalho e
aprendizagem ao longo da vida (NEVES, C, M, C, 2003). Atualmente, no campo da
Educação, demandamos de várias formas para chegarmos ao conhecimento.
Com
relação à EAD, dependendo da abordagem em que é utilizada, pode ou não gerar
benefícios para o aprendizado. Para Moran, a Educação a distância é o processo
de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos
estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde
professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar
conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a
Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o
vídeo, o CD, o telefone, etc.
Segundo
Pierre Lévy, “a Educação a distância é um setor da educação particularmente
interessante, pois é nele que é experimentado o maior número de novidades e, ao
mesmo tempo, técnicas pedagógicas. É um setor em que existe uma experimentação
constante [...] em todos os ramos da educação.”
Várias
são as vantagens e desvantagens que a EAD pode oferecer. Dentre várias, podemos
destacar:
Vantagens:
Eliminação ou redução de barreiras de acesso aos cursos ou nível de estudo;
ausência de rigidez quanto aos requisitos de espaço, assistência às aulas,
tempo e ritmo; permanência do aluno em seu ambiente profissional, cultural e
familiar; comunicação bidirecional garantindo uma educação inovadora e
dinâmica; o aluno desenvolve a iniciativa, atitude, interesse, valores e
hábitos educativos; redução de custos em relação aos sistemas presenciais de
ensino, entre outros.
Desvantagens:
Limitação em alcançar o objetivo da socialização; empobrecimento da troca
direta de experiências proporcionada pela relação educativa pessoal entre
professor e aluno; o perigo da homogeneidade dos materiais instrucionais; alto
índice de desistência dos alunos nos cursos matriculados, etc.
Os
referenciais de qualidade da EAD, segundo Carmen Moreira de Castro Neves –
Diretora da Política da Educação a Distância – se embasam em que o
princípio-mestre é o de que não se trata apenas de tecnologia ou de informação:
o fundamento é a educação da pessoa para a vida e o mundo do trabalho. São dez
os itens básicos que devem merecer a atenção das instituições que preparam seus
cursos e programas a distância:
1.
compromisso dos gestores;
2.
desenho do projeto;
3.
equipe profissional multidisciplinar;
4.
comunicação/interação entre os agentes;
5.
recursos educacionais;
6.
infraestrutura de apoio;
7.
avaliação contínua e abrangente;
8.
convênios e parcerias;
9.
transparência nas informações;
10.
sustentabilidade financeira.
Além
dos aspectos aqui apontados, a Instituição poderá acrescentar outros mais
específicos e que atendam a particularidades de sua organização e necessidades
socioculturais de sua clientela, cidade, região.
No
Decreto 5.622, ficou estabelecida a política de garantia de qualidade no
tocante aos variados aspectos ligados à modalidade de educação a distância,
notadamente ao credenciamento institucional, supervisão, acompanhamento e
avaliação, harmonizados com padrões de qualidade enunciados pelo Ministério da
Educação.
Os
principais modelos teóricos com relação ao Ensino a distância são John Daniel
(Reino Unido), Borge Holmberg (Suécia), Desmond Keegan (Irlanda), Otto Peters
(Alemanha) e Benedetto Vertecchi (Itália), Michael Moore (Reino Unido), John
Baath (Suécia), David Sewart (Reino Unido) e Charles Wedemeyer (EUA),
pesquisadores que se dedicam ao estudo e conceituação da educação a distância e
suas metodologias.
A
discussão sobre políticas públicas na modalidade de EAD vem sido discutida
desde o ano de 1996 com a LDB. Nessa democratização de ensino a distância,
pode-se destacar a UAB – Universidade Aberta do Brasil, regulamentada pelo
Decreto 5.800 de 08 de junho de 2006. Outra diretriz é situada pela Portaria
2253/2001 do Ministério da Educação, esse documento regulariza a oferta de 20%
de carga horária a distância dos cursos de graduação – como ocorre, no nosso
caso, com a matéria de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação da Unicentro –
apoiada pelo Banco Mundial.
REFERENCIAL
BIBLIOGRÁFICO
VALENTE, J. A; Diferentes
abordagens de Educação a Distância. UNICAMP-SP (disponível em http://www.proinfo.gov.br/upload/biblioteca/195.pdf)
MORAN, José; O que é a
Educação a Distância. Rio de Janeiro. 2002 (Disponível em http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/dist.pdf)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO;
Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília, 2007.
(Disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf)
MOGNOL, Marcio; A Educação a
distância no Brasil. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 27, p. 335-349,
maio/ago. 2009. (Disponível em file:///D:/Usu%C3%A1rios/Windows%208.1/Downloads/dialogo-2738.pdf)