O Construcionismo é uma teoria educacional (ou de
aprendizagem) desenvolvida pelo matemático Seymour Papert, que se baseia,
principalmente, na teoria epistemológica desenvolvida por Jean Piaget, a qual
procura explicar o que é conhecimento e como ele é desenvolvido pelas pessoas
em diferentes momentos de suas vidas.
De acordo com Piaget, as pessoas constroem
conhecimento na medida em que agem sobre o objeto de conhecimento (uma coisa,
uma idéia ou uma pessoa) e sofrem uma ação deste objeto. Papert utilizou os
resultados de Piaget para repensar a educação, ou seja, valeu-se de uma teoria
epistemológica para elaborar uma teoria educacional. Dessa forma, assumindo que
o conhecimento é ativamente construído pelas pessoas, Papert (1986) propõe que
educar consiste em criar situações para que os aprendizes se engajem em
atividades que alimentem este processo construtivo.
Educar, portanto, é principalmente dar condições
para que os alunos construam, mas não se resume a isso. O Construcionismo
postula que o aprendizado ocorre especialmente quando o aprendiz está engajado
em construir um produto de significado pessoal (por exemplo, um poema, uma
maquete ou um website), que possa ser mostrado a outras pessoas. Portanto, ao
conceito de que se aprende melhor fazendo, o Construcionismo acrescenta:
aprende-se melhor ainda quando se gosta, pensa e conversa sobre o que se faz.
Nesse processo de aprendizagem são utilizadas algumas ferramentas de autoria como, por exemplo: as simulações que incorporam um modelo de aspecto da realidade onde o individuo poderá modificar parâmetros e fazer o modelo a sua maneira; e os micro mundos onde tudo é feito através de comandos (Segundo Papert (1980) os micromundos são ambientes de aprendizagem onde é possível explorar, descobrir e simular acontecimentos da vida real.).
A Teoria
construcionista tem o objetivo de transmitir a informação ou o seu
armazenamento, o que inclui a busca, a análise, e a avaliação e organização da
mesma. Para que isso aconteça é preciso dominar as etapas do processo de
“alfabetização”: Saber quando há necessidade de informação; Identificar a
informação; Localizar a informação; Organizar a informação; Avaliar a
informação e usar a informação para resolver problemas.
A busca do construcionismo é alcançar meios de
aprendizagem fortes que valorizem a construção mental do sujeito, apoiada em
suas próprias construções no mundo. Dizer que estruturas intelectuais são
construídas pelo aluno, ao invés de ensinadas por um professor não significa
que elas sejam construídas do nada. Pelo
contrário, como qualquer construtor, a criança se apropria, para seu próprio
uso, de materiais que ela encontra e de modelos e metáforas sugeridos pela
cultura que a rodeia (Papert, 1986).
A seguir, algumas
relações que podem ser estabelecidas a partir das bases construcionistas:
Como se aprende – levantamento de hipóteses, teste, reelaboração das
hipóteses, novo teste... processo recursivo.
Papel do aluno – agente, construtor, aquele que levanta hipóteses, testa e
cria.
Ensinar – facilitar, através da criação de um ambiente cuja tônica
seja a proposição de desafios, desequilíbrios e questionamentos que ponham em
cheque as hipóteses do aluno, ajudando-o na sistematização dos resultados.
Papel do
professor – provocar o
aluno a pensar sobre o objeto de estudo, indagar o aluno sobre o que está
ocorrendo e o que ele pensa que vai ocorrer; propor diante de situações novas
comparações com situações conhecidas; estabelecer com o aluno, uma relação de
companheirismo e cordialidade.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
acesso em 30/05 as 19:39h
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