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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

CONSTRUCIONISMO



O Construcionismo é uma teoria educacional (ou de aprendizagem) desenvolvida pelo matemático Seymour Papert, que se baseia, principalmente, na teoria epistemológica desenvolvida por Jean Piaget, a qual procura explicar o que é conhecimento e como ele é desenvolvido pelas pessoas em diferentes momentos de suas vidas.

De acordo com Piaget, as pessoas constroem conhecimento na medida em que agem sobre o objeto de conhecimento (uma coisa, uma idéia ou uma pessoa) e sofrem uma ação deste objeto. Papert utilizou os resultados de Piaget para repensar a educação, ou seja, valeu-se de uma teoria epistemológica para elaborar uma teoria educacional. Dessa forma, assumindo que o conhecimento é ativamente construído pelas pessoas, Papert (1986) propõe que educar consiste em criar situações para que os aprendizes se engajem em atividades que alimentem este processo construtivo.

Educar, portanto, é principalmente dar condições para que os alunos construam, mas não se resume a isso. O Construcionismo postula que o aprendizado ocorre especialmente quando o aprendiz está engajado em construir um produto de significado pessoal (por exemplo, um poema, uma maquete ou um website), que possa ser mostrado a outras pessoas. Portanto, ao conceito de que se aprende melhor fazendo, o Construcionismo acrescenta: aprende-se melhor ainda quando se gosta, pensa e conversa sobre o que se faz.

Nesse processo de aprendizagem são utilizadas algumas ferramentas de autoria como, por exemplo: as simulações que incorporam um modelo de aspecto da realidade onde o individuo poderá modificar parâmetros e fazer o modelo a sua maneira; e os micro mundos onde tudo é feito através de comandos  (Segundo Papert (1980) os micromundos são ambientes de aprendizagem onde é possível explorar, descobrir e simular acontecimentos da vida real.).

A Teoria construcionista tem o objetivo de transmitir a informação ou o seu armazenamento, o que inclui a busca, a análise, e a avaliação e organização da mesma. Para que isso aconteça é preciso dominar as etapas do processo de “alfabetização”: Saber quando há necessidade de informação; Identificar a informação; Localizar a informação; Organizar a informação; Avaliar a informação e usar a informação para resolver problemas.
A busca do construcionismo é alcançar meios de aprendizagem fortes que valorizem a construção mental do sujeito, apoiada em suas próprias construções no mundo. Dizer que estruturas intelectuais são construídas pelo aluno, ao invés de ensinadas por um professor não significa que elas sejam construídas do nada.  Pelo contrário, como qualquer construtor, a criança se apropria, para seu próprio uso, de materiais que ela encontra e de modelos e metáforas sugeridos pela cultura que a rodeia (Papert, 1986).

A seguir, algumas relações que podem ser estabelecidas a partir das bases construcionistas:
Como se aprende – levantamento de hipóteses, teste, reelaboração das hipóteses, novo teste... processo recursivo.
Papel do aluno – agente, construtor, aquele que levanta hipóteses, testa e cria.
Ensinar – facilitar, através da criação de um ambiente cuja tônica seja a proposição de desafios, desequilíbrios e questionamentos que ponham em cheque as hipóteses do aluno, ajudando-o na sistematização dos resultados.
Papel do professor – provocar o aluno a pensar sobre o objeto de estudo, indagar o aluno sobre o que está ocorrendo e o que ele pensa que vai ocorrer; propor diante de situações novas comparações com situações conhecidas; estabelecer com o aluno, uma relação de companheirismo e cordialidade.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
 acesso em 30/05 as 19:39h                

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