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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA




A educação a distância vem crescendo rapidamente em todo o mundo. Movidos pelas possibilidades decorrentes das novas Tecnologias da Informação e das Comunicações –TICs e por sua inserção em todos os processos produtivos, cada vez mais cidadãos e instituições veem nessa forma de educação um meio de democratizar o acesso ao conhecimento e de expandir oportunidades de trabalho e aprendizagem ao longo da vida (NEVES, C, M, C, 2003). Atualmente, no campo da Educação, demandamos de várias formas para chegarmos ao conhecimento.
Com relação à EAD, dependendo da abordagem em que é utilizada, pode ou não gerar benefícios para o aprendizado. Para Moran, a Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD, o telefone, etc.
Segundo Pierre Lévy, “a Educação a distância é um setor da educação particularmente interessante, pois é nele que é experimentado o maior número de novidades e, ao mesmo tempo, técnicas pedagógicas. É um setor em que existe uma experimentação constante [...] em todos os ramos da educação.”
Várias são as vantagens e desvantagens que a EAD pode oferecer. Dentre várias, podemos destacar:
Vantagens: Eliminação ou redução de barreiras de acesso aos cursos ou nível de estudo; ausência de rigidez quanto aos requisitos de espaço, assistência às aulas, tempo e ritmo; permanência do aluno em seu ambiente profissional, cultural e familiar; comunicação bidirecional garantindo uma educação inovadora e dinâmica; o aluno desenvolve a iniciativa, atitude, interesse, valores e hábitos educativos; redução de custos em relação aos sistemas presenciais de ensino, entre outros.
Desvantagens: Limitação em alcançar o objetivo da socialização; empobrecimento da troca direta de experiências proporcionada pela relação educativa pessoal entre professor e aluno; o perigo da homogeneidade dos materiais instrucionais; alto índice de desistência dos alunos nos cursos matriculados, etc.
Os referenciais de qualidade da EAD, segundo Carmen Moreira de Castro Neves – Diretora da Política da Educação a Distância – se embasam em que o princípio-mestre é o de que não se trata apenas de tecnologia ou de informação: o fundamento é a educação da pessoa para a vida e o mundo do trabalho. São dez os itens básicos que devem merecer a atenção das instituições que preparam seus cursos e programas a distância:
1. compromisso dos gestores;
2. desenho do projeto;
3. equipe profissional multidisciplinar;
4. comunicação/interação entre os agentes;
5. recursos educacionais;
6. infraestrutura de apoio;
7. avaliação contínua e abrangente;
8. convênios e parcerias;
9. transparência nas informações;
10. sustentabilidade financeira.
Além dos aspectos aqui apontados, a Instituição poderá acrescentar outros mais específicos e que atendam a particularidades de sua organização e necessidades socioculturais de sua clientela, cidade, região.
No Decreto 5.622, ficou estabelecida a política de garantia de qualidade no tocante aos variados aspectos ligados à modalidade de educação a distância, notadamente ao credenciamento institucional, supervisão, acompanhamento e avaliação, harmonizados com padrões de qualidade enunciados pelo Ministério da Educação.
Os principais modelos teóricos com relação ao Ensino a distância são John Daniel (Reino Unido), Borge Holmberg (Suécia), Desmond Keegan (Irlanda), Otto Peters (Alemanha) e Benedetto Vertecchi (Itália), Michael Moore (Reino Unido), John Baath (Suécia), David Sewart (Reino Unido) e Charles Wedemeyer (EUA), pesquisadores que se dedicam ao estudo e conceituação da educação a distância e suas metodologias.
A discussão sobre políticas públicas na modalidade de EAD vem sido discutida desde o ano de 1996 com a LDB. Nessa democratização de ensino a distância, pode-se destacar a UAB – Universidade Aberta do Brasil, regulamentada pelo Decreto 5.800 de 08 de junho de 2006. Outra diretriz é situada pela Portaria 2253/2001 do Ministério da Educação, esse documento regulariza a oferta de 20% de carga horária a distância dos cursos de graduação – como ocorre, no nosso caso, com a matéria de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação da Unicentro – apoiada pelo Banco Mundial.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
VALENTE, J. A; Diferentes abordagens de Educação a Distância. UNICAMP-SP (disponível em http://www.proinfo.gov.br/upload/biblioteca/195.pdf)
MORAN, José; O que é a Educação a Distância. Rio de Janeiro. 2002 (Disponível em http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/dist.pdf)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília, 2007. (Disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf)
MOGNOL, Marcio; A Educação a distância no Brasil. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 9, n. 27, p. 335-349, maio/ago. 2009. (Disponível em file:///D:/Usu%C3%A1rios/Windows%208.1/Downloads/dialogo-2738.pdf)







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